Uma pesquisa realizada por cientistas brasileiros aponta como a idade pode influenciar na efetividade das vacinas AstraZeneca e CoronaVac contra a COVID-19. O estudo avaliou a eficácia dos imunizantes em mais de 75 milhões de pessoas vacinadas no Brasil entre 18 de janeiro a 24 de julho de 2021. Coordenado por Manoel Barral-Netto, pesquisador da Fiocruz Bahia, o trabalho está publicado na plataforma preprint MedRxiv – sem revisão por pares.
Os resultados indicam que ambas as vacinas são efetivas na proteção contra infecção, hospitalização e óbito, considerando o esquema vacinal completo (duas doses): AstraZeneca, com 90% de proteção, e CoronaVac com 75%. A pesquisa também demonstrou que as duas vacinas oferecem proteção contra casos moderados e graves de Covid-19 frente às variantes de preocupação em circulação no Brasil no período da análise.
DIVISÃO POR FAIXA ETÁRIA: Os dados demonstram que existe uma redução na proteção com o aumento da idade e que as duas vacinas oferecem graus de proteção diferentes com o esquema vacinal completo. Dos 80 aos 89 anos, a vacina AstraZeneca teve um índice de proteção contra morte de 89,9%, enquanto a CoronaVac apresentou 67,2%. Acima dos 90 anos, esses índices ficaram em 65,4% nos vacinados com AstraZeneca e 33,6% com CoronaVac.
Saiba mais sobre a pesquisa na matéria publicada pela Fiocruz Bahia: https://bit.ly/3jsr1fp
O artigo está disponível no link: https://bit.ly/3DuZiTq
Autores: Thiago Cerqueira-Silva, Vinicius de Araújo Oliveira, Julia Pescarini, Juracy Bertoldo Júnior, Tales Mota Machado, Renzo Flores-Ortiz, Gerson Penna, Maria Yury Ichihara, Jacson Venâncio de Barros, Viviane S. Boaventura, Mauricio L. Barreto, Guilherme Loureiro Werneck, Manoel Barral-Netto.