Um grupo de pesquisadores do Instituto Aggeu Magalhães da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz-PE) desenvolveu uma metodologia que pretende tornar o monitoramento das variantes do novo coronavírus mais simples, ágil e barato, ajudando no combate à Covid-19.
Os cientistas se basearam em uma técnica que já é utilizada e disponível no Brasil e no mundo, o Sequenciamento de Sanger – também chamado de sequenciamento por eletroforese capilar. O artigo com este achado está disponibilizado na plataforma preprint MedRxiv.
O estudo aponta que o sequenciamento completo do genoma viral, considerado hoje o padrão ouro para identificação dessas variantes, tem uma execução complexa, apresentando algumas dificuldades ao ser aplicado na vigilância epidemiológica da pandemia, entre elas o custo por amostra ser elevado, a quantidade de laboratórios no Brasil com um sequenciador de nova geração não ser suficiente para atender à demanda atual, entre outras.
Em entrevista à Agência Fiocruz de Notícias, o autor principal do artigo, Matheus Figueira Bezerra, explica que para contornar essas dificuldades, o grupo selecionou um trecho pequeno do genoma do vírus para ser sequenciado, que contém informações suficientes para diferenciar as variantes entre si, sem precisar sequenciar as 29 mil bases que compõe o genoma completo do Sars-CoV-2. Segundo os pesquisadores, muitas das mutações-chave encontradas nessas variantes mais transmissíveis do vírus acontecem em uma região específica do gene S.
Saiba mais na matéria da Agência Fiocruz de Notícias: https://mla.bs/3492525b
O artigo está disponível no link: https://mla.bs/f05992bd